quarta-feira, 30 de setembro de 2009

LANÇAMENTO DO LIVRO:LYGIA, A RECORDISTA, DA JORNALISTA ESCRITORA ANA ARRUDA CALLADO.




Foi um sucesso o lançamento do livro da escritora, jornalista e minha ex-professora ANA ARRUDA CALLADO, no Café Lamas, Rio de Janeiro,ontem, 29 de setembro.O livro, Lygia, a Recordista conta a história de Lygia Lessa Bastos, hoje com 89 anos, espertíssima,presente no evento, que foi a parlamentar que mais tempo exerceu esta função, 36 anos.

"Aos 89 anos, não para: vai a bingos e shows beneficentes ou de artistas que estão menos valorizados pelo mercado, cultiva os amigos, ajuda os que estão em dificuldades, acompanha o teatro e a música que se produz no Rio de Janeiro.

Parlamentar durante 36 anos, mora em pequeno apartamento no Catete, se veste com simplicidade, não impõe suas opiniões e está sempre de bom humor. De paz com sua consciência e com a vida. Mas não está esquecida. Quando o Tribunal Superior Eleitoral, em seu site oficial sobre as eleições de 2008, exibiu a ficha da candidata a vereadora da cidade de São Paulo, Maria Teresa (PMDB - 15369), podia-se ler, no item "Político favorito" o nome de Lygia Lessa Bastos.

Valeu a pena vencer alguns preconceitos, desvendá-la e, espero, fazê-la mais conhecida das novas gerações".

Ana Arruda Callado

domingo, 20 de setembro de 2009

FERREIRA GULLAR


"A GENTE FAZ POESIA PORQUE A VIDA É POUCA, NÃO BASTA"

POESIA

"SOU TOTALMENTE A FAVOR DA EXUBERÂNCIA. A VIDA É CURTA: NÃO DEVERÍAMOS PERDER TEMPO TENDO BOM GOSTO "- ISAAC MIZRAHI

sábado, 19 de setembro de 2009

ANA ARRUDA CALLADO LANÇA O LIVRO : LYGIA, A RECORDISTA

A Editora Batel lança o livro LYGIA, A RECORDISTA, um esboço biográfico de Lygia Lessa Bastos, feito pela jornalista e escritora Ana Arruda Callado. O lançamento será no dia 29 de setembroo, às 18h, no Café Lamas.

Um esboço biográfico


Apresentando Lygia


A idéia de escrever um livro sobre Lygia Maria Lessa Bastos jamais me ocorreria há 40, 30, 20 anos. Mas, quando, em 1998, estava preparando a biografia de Adalgisa Nery (publicada no ano seguinte na coleção Perfis do Rio, da Secretaria de Cultura da cidade), meu amigo Reinaldo Barros, que havia sido assessor de Adalgisa e que me deu então excelentes dicas, sugeriu: “Ana, você deve entrevistar Lygia Lessa Bastos; ela foi amiga de Adalgisa”.

Fiquei espantadíssima. “Aquela udenista, reacionária, com ar de general, amiga de Adalgisa, que foi do PTB e do PSB, poetisa?” Reinaldo riu da minha reação e argumentou: “Acho agora mais importante ainda você falar com Lygia e conhecê-la. Vai ver que imagem equivocada tem dela, uma pessoa interessantíssima, adorável”.

Confiava nos julgamentos do amigo e decidi que era mesmo hora de rever mais alguns preconceitos. (Sim, porque a gente fica a vida inteira combatendo os preconceitos, muitos, aliás, que acredita não ter.) E liguei para “a fera”. Muito amável, ela concordou logo com a entrevista e, já no primeiro encontro, verifiquei o quanto Lygia era coerente e valorizava a justiça. Depois de mais algumas conversas, pensei: “Por que eu nutria tanta antipatia por uma pessoa tão justa? Justiça não é, das qualidades humanas, uma das que mais prezo?” E por aí foi.

Lygia ajudou muito no desenho do retrato de Adalgisa e a cada encontro nosso eu ia descobrindo novas qualidades nela: a coerência, a fidelidade partidária, só rompida pela fidelidade aos princípios, a firmeza mas não teimosia, pois sabe voltar atrás quando convencida, a preocupação permanente com a educação e com a defesa das mulheres. Pronto o livro de Adalgisa, adotei-a como amiga.

A idéia de registrar sua trajetória política veio bem depois. Lygia me contava episódios de sua vida de vereadora, de constituinte, de deputada, me falava do pai, do avô. Mas foi quando a descobri, além de recordista em mandatos parlamentares, pioneira nos esportes e amiga das artes e de artistas, que me dei conta da história que tinha nas mãos. Propus escrever esta história e ela aceitou, depois de confessar que há algum tempo começara a ditar suas memórias em gravador, mas que parara porque lhe veio a preocupação de não ferir ninguém e, por isso, preferia que outra pessoa escrevesse sobre ela, seus afetos e desafetos.

Não me passou as notas já ditadas. Mas me passou muitos documentos, me deu o prazer de inúmeras conversas no restaurante Lamas, me apresentou à família – uma família bem heterogênea, mas unida e orgulhosa dela, que abdicou da indicação pelo Congresso para ser representante do Brasil na ONU porque veio de Brasília para cuidar de uma irmã hospitalizada no Rio e que telefona todos os dias para os três irmãos para dizer que está bem, pois mora sozinha e sai muito.

Aos 89 anos, não para: vai a bingos e shows beneficentes ou de artistas que estão menos valorizados pelo mercado, cultiva os amigos, ajuda os que estão em dificuldades, acompanha o teatro e a música que se produz no Rio de Janeiro.

Parlamentar durante 36 anos, mora em pequeno apartamento no Catete, se veste com simplicidade, não impõe suas opiniões e está sempre de bom humor. De paz com sua consciência e com a vida. Mas não está esquecida. Quando o Tribunal Superior Eleitoral, em seu site oficial sobre as eleições de 2008, exibiu a ficha da candidata a vereadora da cidade de São Paulo, Maria Teresa (PMDB - 15369), podia-se ler, no item "Político favorito" o nome de Lygia Lessa Bastos.

Valeu a pena vencer alguns preconceitos, desvendá-la e, espero, fazê-la mais conhecida das novas gerações.

Ana Arruda Callado

1ª. orelha

“No Pacaembu, o jogo foi Cariocas contra Paulistas, primeiro
as mulheres e depois os homens. Eu era capitã do time
do Tijuca, que representou o Rio. Léo Daltro dos Santos era
o técnico da equipe feminina e Melo Júnior, do Jornal dos
Sports, foi quem nos deu muita força. As paulistas seguiam
regra diferente e nós tivemos que nos adaptar. Aqui no Rio
era proibido tocar no corpo uma da outra; esbarrar era falta.
Em São Paulo, não. E lá as moças treinavam de igual para
igual com os homens; estavam mais adiantadas. Perdemos,
mas a primeira cesta do jogo foi minha; levei a maior vaia”,
conta, rindo.


“Tudo que eu fazia, nos meus quase quarenta anos de
mandatos parlamentares, era combinado com meu pai; depois
que ele morreu, pensava sempre no que ele me diria antes
de decidir qualquer coisa. Só discordamos uma vez: quando
atirei o microfone na mesa diretora da Câmara, ele foi contra.
Eu tinha falado, sozinha, por horas, tentando impedir uma
votação de aumento de impostos. Quando vi que não iria
convencer ninguém, pois estavam todos em seus gabinetes
esperando o presidente chamar para a votação, atirei o microfone,
na tentativa de suspender a sessão. Mas o presidente
fez que não viu e convocou logo a votação. Fui para casa
e esperei três dias pela publicação do fato no Diário Oficial
— papai sem falar comigo. Os jornais publicaram tudo, mas
nada aconteceu; só que o presidente da Assembleia foi nomeado
ministro do Tribunal de Contas.”

As duas passagens acima exemplificam bem a extraordinária trajetória de Lygia Maria Lessa Bastos, tão bem retratada por Ana Arruda Callado.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PROJETO " TARDES POÉTICAS"



A poesia é um meio privilegiado para despertar o amor pela nossa língua, nossa cultura. A rima, o ritmo e a sonoridade, permitem uma descoberta progressiva das potencialidades da linguagem escrita. Essa descoberta, tão decisiva para a formação do indivíduo, adquire assim um carácter lúdico. Brincar com os sons, descobrir novas ressonâncias, ouvir e ler pequenas histórias em verso, memorizar os poemas preferidos, desvendar imagens e sentimentos contidos na palavra, são atividades de adesão imediata que podem e devem ser introduzidas no universo infantil antes da alfabetização, pois constituem uma excelente forma de preparação para aprendizagem da leitura e da escrita.

A poesia deve ser feita por todos. Entendemos que a arte poética não deve ser um dom para ser fruído apenas por alguns, mas sim uma dádiva para todos. A poesia é a arte mais democrática que o homem conseguiu criar.


Quero convidar poetas e não poetas para falarmos de poesia : a poesia do cotidiano, das ruas, dos conflitos, do momento em que vivemos, das tragédias diárias, dos barbarismos, da política, da loucura..de tudo, e como diz nosso poeta, e meu ex-professor - Geraldo Carneiro- "Que ela se abra para uma linguagem que não é asséptica, que não se deseja acadêmica, distante do mundo" e completando com o, também, poeta Salgado Maranhão - " Que ela se suje mais na vida".

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

FUNDAÇÃO DARCY RIBEIRO LANÇA COLEÇÃO: OS FRANCESES NO BRASIL, NA BIBLIOTECA NACIONAL, DIA 14 DE SETEMBRO,ÀS 17H.




A Fundação Darcy Ribeiro (Fundar) realiza, 19 anos depois, um dos sonhos do antropólogo, educador, poeta, escritor, e político Darcy Ribeiro, de publicar a coleção Os Franceses no Brasil, com introduções de cunho histórico e antropológico, inédito no Brasil . O projeto contou com a colaboração de Carlos de Araujo Moreira Neto, antropólogo, etnohistoriador e participante do conselho curador da Fundação.

Durante todo esse tempo, a Fundação se responsabilizou por todos os arquivos deixados por ele, entre os quais estão as cópias e respectivas traduções dos originais das obras francesas de que trata este Programa de Edições. Esta documentação está organizada e traduzida para o português, incluindo os livros de Yves d’Evreux (1615), de Jean de Léry (1580), de André Thevet (1575) e as correspondências de Nicolas Durand de Villegagnon (1542-1569).


Na apresentação desta Coleção, Darcy Ribeiro destaca o esforço continuado dos franceses para estabelecer empreendimentos comerciais no Brasil, resistindo ao monopólio dos portugueses. O espírito e a tradição dos elementos aventureiros da França daqueles tempos, transplantados ao Novo Mundo, resultaram em tipos como os truchements (intérpretes ou “línguas”), que desenvolveram modos de vida muito semelhantes na América do Norte e entre os grupos indígenas no litoral brasileiro.


A Editora Batel publica esta coleção e oferece ao público as obras mais importantes sobre a participação dos franceses na conquista do Brasil. A coleção faz parte das iniciativas para a celebração do Ano da França no Brasil e reúne testemunhos da tentativa de colonização francesa no nosso país, entre o Século XVI e início do Século XVII, com relatos sobre os projetos da França Antártica, uma colônia calvinista no Rio de Janeiro, e da França Equinocial no Maranhão.

A descrição da terra e dos índios, seus costumes e vida nas aldeias, os conflitos entre os colonizadores e a aventura colonial são alguns dos eventos relatados, nos quatro livros, por Yves d’Evreux, André Thevet, Jean de Léry e nas correspondências de Villegagnon que formulou e liderou o projeto da colônia francesa no Rio de Janeiro entre 1555 e 1557.

A importância histórica dos relatos destes cronistas franceses e dos intentos de colonização francesa nos dois primeiros séculos de nossa história está sendo rememorada nesta publicação.

Formulado quando Darcy Ribeiro estava à frente da Secretaria de Ciência e Cultura do Estado do Rio de Janeiro, entre 1983 e 1986, o projeto foi patrocinado pela Eletrobrás e Ute Norte Fluminense e coordenado por Carlos de Araujo Moreira Neto e Ana Arruda Callado.




O PRIMEIRO VOLUME
NICOLAS DURAND DE VILLEGAGNON E OUTROS
(1542 - 1569) Correspondência


O primeiro volume que será lançado, no dia 14 de setembro, na Biblioteca Nacional, reproduz as cartas e correspondências de Villegagnon sobre a colônia francesa na Guanabara, na tentativa da criação da França Antártica.

São 22 cartas escritas entre 1542 e 1569, todas relacionadas com o projeto da França Antártica. A estas foram adicionadas outras duas cartas de Nicolas Barré, companheiro de Villegagnon, escritas da Baía de Guanabara em 1556, e fragmentos da “Histoire des martyrs persecutez et mis à mort pour la vérité de l’Évangile” do calvinista Jean Crespin, que trata das relações dos membros da igreja com Villegagnon.

O texto tem 128 páginas, além de uma carta inédita de Villegagnon, cujos originais pertencem ao Museu Naval do Rio de Janeiro, e, adicionalmente, dois mapas franceses do século XVI, do cartógrafo Vaux de Claye, um deles sobre a Baía da Guanabara e outro sobre as costas do nordeste do Brasil. Todas as cartas são comentadas pelo embaixador Vasco Mariz, especialista em Villegagnon.

Darcy Ribeiro faleceu em 17 de fevereiro de 1997. No seu último ano de vida, dedicou-se especialmente a organizar a Universidade Aberta do Brasil, com cursos de educação a distância, para funcionar a partir de 1997, e a Escola Normal Superior, para a formação de professores de 1º grau. Organizou a Fundação Darcy Ribeiro, instituída por ele em janeiro de 1996, com sede própria, localizada em sua antiga residência em Copacabana, com o objetivo de manter sua obra viva e elaborar projetos nas áreas educacional e cultural. Um de seus últimos projetos lançado publicamente, foi o Projeto Caboclo, destinado ao povo da floresta amazônica.